Tesla Cybertruck dispara de preço e agora custa 390 salários mínimos

Há dois meses, a picape partia de US$ 60.990 nos Estados Unidos (aproximadamente R$ 340 mil). A picape elétrica da marca de carros de Elon Musk foi lançada em 2019, mas só no fim de 2023 as primeiras unidades foram entregues aos clientes. Cinco anos atrás, a Cybertruck era ofertada por US$ 39.900 (R$ 220 mil) na versão Rear-Wheel Drive, menos potente e com tração apenas no eixo traseiro.

 Agora, a configuração mais barata do veículo custa sai por US$ 99.900 (R$ 550 mil). Sendo que o salário mínimo brasileiro é de R$ 1.412, o valor do automóvel equivaleria a 389,5 vezes o valor mínimo recebido pelo trabalhador brasileiro.

A Tesla praticava essa faixa de preço para arrancar consumidores da picape mais vendida dos Estados Unidos, a Ford F-150, que atualmente tem preço inicial de US$ 36.965 (cerca de R$ 203 mil). Foi justamente esta versão de tração traseira que acabou de ser retirada de venda pela Tesla. Apesar de não estar mais no site, o engenheiro-chefe da Tesla, Wes Morril, afirmou em sua conta no X (antigo Twitter) que a versão mais barata não foi cancelada.

Aumento Inesperado no Preço da Tesla Cybertruck

Ainda assim, só é possível comprar a partir da versão All-Wheel Drive, que tem tração nas quatro rodas e parte de US$ 99.990. Anteriormente, esta era a configuração intermediária e custava US$ 39 mil a menos. Já a unidade Cyberbeast, configuração mais potente e também com tração integral, anteriormente era comprada pelo valor atual da All-Wheel Drive. Hoje, a topo de linha não sai por menos de US$ 119.990 (mais ou menos R$ 658 mil).

Problemas de Segurança na Tesla Cybertruck

Era para ser mais barata. Em 2019, Musk disse que o preço da picape seria competitivo e que a versão topo de linha não ultrapassaria a casa dos US$ 70 mil. Contudo, custando quase o dobro do anunciado, hoje a Cybertruck já deixa seus fãs desapontados. A fabricante também anunciou que versões mais baratas da Cybertruck devem entrar em linha em 2025, mas ela enfrenta um problema inerente ao modelo: o design único e feito de aço inoxidável tem atrasado a produção do modelo na fábrica.

E a carroceria é outra polêmica que ronda a picape de Elon Musk. Por ter um formato retilíneo e bastante afiado, alguns consumidores já se feriram ao fazer testes na Cybertruck. Publicações americanas argumentam que será difícil obter uma boa nota em crash-tests no futuro por conta da rigidez dos materiais utilizados. O pedal do acelerador também já foi alvo de críticas: em algumas unidades, a peça trava no assoalho e pode causar acidentes graves.

Alguns consumidores colocaram o dedo na fresta do Frunk (porta-malas dianteiro) e ficaram presos, evidenciando que o sistema ainda precisa de aprimoramentos na segurança. Este tipo de problema de design e fabricação pode impactar negativamente a confiança do consumidor na marca e no produto.

Em resumo, a Tesla Cybertruck enfrenta um caminho tumultuado tanto em questões de segurança quanto em flutuações de preço. A empresa precisa lidar com esses desafios para garantir que a Cybertruck possa ser uma opção viável e segura para os consumidores.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.