Pantanal pode desaparecer do Brasil

No dia (4), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez uma declaração alarmante durante uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado. Segundo ela, o Brasil corre o risco de perder o Pantanal até o final deste século se o cenário de aquecimento global não for revertido. A sessão abordou questões severas como queimadas e estiagem prolongada, que afetam grande parte do país e colocam em risco a cobertura vegetal.

Marina Silva destacou que estudos científicos mostram que a continuidade das condições atuais resultaria na perda total do Pantanal. A baixa precipitação, em conjunto com um alto processo de evapotranspiração, impede que a área atinja a cota de cheia necessária tanto para os rios quanto para a planície alagada.

De acordo com Marina Silva, se não houver uma mudança radical na forma como lidamos com o meio ambiente, a previsão científica não é nada otimista. A ministra sugeriu que é essencial criar um marco regulatório de emergência climática que exclua da meta fiscal do governo federal os recursos destinados ao combate dessas situações de crise.

O Que Pode Ser Feito para Salvar o Pantanal?

Para reverter essa tendência, a ministra enfatizou a necessidade de aumentar os esforços e recursos no combate às mudanças climáticas. Segundo ela, é urgente agir preventivamente e, para isso, é necessário ter “cobertura legal”. A criação de um marco regulatório específico permitiria alocar melhor os recursos em tempos de emergência, além de viabilizar ações preventivas e mitigadoras.

O número de incêndios em agosto de 2024 chegou a 68.635 registros, a pior marca desde 2010, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado, demonstrando a gravidade da situação. Marina Silva apontou que o atual governo, iniciado em janeiro de 2023, conseguiu evitar uma “situação completamente incontrolável” apesar das enormes dificuldades enfrentadas.

Quais São os Desafios no Combate aos Incêndios?

Marina Silva citou um “paradoxo” nas ações de combate ao fogo. De um lado, há uma pressão para investir em medidas de redução de incêndios; de outro, empreendimentos que contribuem para a propagação do fogo continuam a ser desenvolvidos. A ministra não detalhou quais seriam esses empreendimentos, mas destacou a necessidade de um alinhamento das políticas públicas para que sejam mais eficazes e coerentes.

A ministra também chamou atenção para os diversos desafios que o governo enfrenta. A cada ano surgem novas dificuldades, tornando crucial a alocação de recursos e a implementação de estratégias inovadoras e sustentáveis.

Por Que Um Marco Regulatório é Necessário?

Em sua declaração, Marina Silva justificou a necessidade de um marco regulatório de emergência climática, afirmando que, sem ele, as ações preventivas ficarão comprometidas. Ela defendeu que os gastos com tais emergências não deveriam contar para a meta fiscal do governo federal, o que permitiria uma ação mais flexível e ágil em momentos de crise.

Principais Pontos Abordados

  • Risco de perder o Pantanal até o final do século.
  • Necessidade de um marco regulatório de emergência climática.
  • Alto número de incêndios registrado em agosto de 2024.
  • Importância de ação preventiva e alocação de recursos.
  • Desafios enfrentados pelo governo no combate aos incêndios.

Os desafios são enormes, mas Marina Silva acredita que, com esforços coordenados e a criação de um marco regulatório eficiente, é possível evitar um cenário catastrófico para o Pantanal e outras regiões do Brasil. A esperança está em ações rápidas e eficientes que prezem pela sustentabilidade e pela proteção dos recursos naturais. O alerta está dado; agora cabe a sociedade e aos governantes agir enquanto ainda há tempo.

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