O Brasil está enfrentando uma das maiores secas de sua história recente, afetando diversas cidades do país e levando a um cenário crítico de umidade.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), cidades brasileiras registraram índices de umidade comparáveis ao deserto do Saara, com algumas chegando a 7%, nível próximo ao do deserto do Atacama, o mais seco do mundo.
Lista das 10 cidades mais secas do Brasil
As cidades com os menores índices de umidade do ar atualmente se encontram espalhadas por diferentes estados. Entre elas, estão:
- Barretos (SP) – 7%
- Gama (Ponte Alta) (DF) – 7%
- Goiânia (GO) – 7%
- Ituiutaba (MG) – 7%
- Luziânia (GO) – 7%
- Marília (SP) – 7%
- Morrinhos (GO) – 7%
- Paranaíba (MS) – 7%
- Três Lagoas (MS) – 7%
- Tupã (SP) – 7%
Essas cidades estão enfrentando uma combinação de calor extremo e seca prolongada, com temperaturas que chegam aos 40°C em alguns estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A ausência de chuvas por mais de cem dias agrava a situação, levando a níveis críticos de umidade do ar.
Por que o Brasil está tão seco?
Existem três fatores principais que explicam o cenário de seca extrema no Brasil: a seca histórica, o calor intenso e os bloqueios atmosféricos.
A seca que o Brasil enfrenta atualmente é considerada a mais severa já registrada em várias regiões. Em dez estados e no Distrito Federal, não chove há mais de cem dias, o que impacta diretamente na umidade relativa do ar.
Além disso, o mês de setembro começou com uma onda de calor que fez com que as temperaturas subissem de forma significativa. Cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e da região Centro-Oeste têm registrado máximas de 39°C a 40°C.
Outro fator que contribui para a falta de chuvas é o bloqueio atmosférico, uma configuração dos ventos que impede a chegada de frentes frias e, consequentemente, das chuvas.
Sem a presença de nuvens, a umidade vai desaparecendo, o que agrava ainda mais a situação das cidades afetadas.
Impactos da seca nas cidades brasileiras
A falta de umidade no ar tem consequências severas para a população e o meio ambiente. Em várias cidades, a baixa umidade dificulta a respiração, especialmente para pessoas com problemas respiratórios.
Além disso, o risco de incêndios florestais aumenta com a vegetação seca, levando a danos ambientais graves.
A seca também impacta o setor agrícola, que depende diretamente das chuvas para manter suas produções.
Com menos água disponível, a irrigação se torna mais difícil, colocando em risco as safras e, consequentemente, a economia de várias regiões.