Brasil pode enfrentar crise inesperada devido ao extremo calor

A partir de segunda-feira (2), o Brasil enfrentará uma forte onda de calor que poderá durar até a segunda metade do mês, com as temperaturas podendo ficar 5°C acima da média. Esse fenômeno climático extremo representa uma ameaça séria não apenas para a saúde humana, mas também para as abelhas, essenciais para a polinização.

A pesquisa recém-publicada na revista Proceedings of the Royal Society B revela que ondas de calor afetam negativamente a capacidade das abelhas de detectar o aroma das flores. Esse problema pode prejudicar consideravelmente o processo de polinização, fundamental para a biodiversidade e a agricultura.

Impacto do Calor nas Habilidades das Abelhas

O estudo conduzido por cientistas da Universidade de Würzburgo, na Alemanha, examinou os efeitos das altas temperaturas em abelhas de duas espécies comuns: abelhões-cardadores (Bombus pascuorum) e abelhões (Bombus terrestris). Estas abelhas foram expostas a temperaturas de até 40°C durante três horas.

A equipe mediu as respostas das antenas das abelhas aos compostos florais ocimeno, geraniol e nonanal após essa exposição ao calor. Os resultados mostraram uma redução significativa na capacidade das abelhas de detectar esses aromas, prejudicando sua capacidade de forrageamento.

Por Que o Aroma das Flores é Essencial?

O aroma desempenha um papel crucial na polinização, facilitando a transferência de pólen entre as partes masculinas e femininas das plantas. As flores liberam aromas específicos para atrair polinizadores como as abelhas, que usam suas antenas para captar essas moléculas aromáticas.

Dessa forma, os aromas direcionam as abelhas a flores específicas, garantindo a eficácia da polinização. Isso é especialmente importante durante a noite, quando os aromas são mais fortes devido à menor visibilidade.

Consequências Econômicas e Ecológicas

Os zangões são polinizadores vitais para sistemas agrícolas e naturais. Eles têm grande importância econômica e para a biodiversidade. Porém, o estudo mostrou que a capacidade desses insetos de detectar aromas florais é gravemente afetada pelo calor, comprometendo assim seu papel como polinizadores.

Além disso, as antenas das abelhas não se recuperaram mesmo após 24 horas em temperaturas mais amenas. Abelhas coletadas na natureza, como os abelhões-cardadores, revelaram ser mais sensíveis ao calor do que as criadas em apiários. As operárias fêmeas, responsáveis pela coleta de alimentos, são as mais vulneráveis.

Próximos Passos na Pesquisa

Os impactos das ondas de calor nas abelhas podem ser duradouros e prejudiciais para os ecossistemas. Segundo Sabine Nooten, líder do estudo, “nossa próxima etapa é investigar como o comportamento das abelhas é afetado pelo calor, agora que sabemos o quanto ele prejudica a detecção de aromas florais.”

Essa pesquisa é essencial para entender melhor os efeitos do aquecimento global nas abelhas e desenvolver estratégias para mitigar esses impactos. Assim, podemos proteger os polinizadores e garantir a sustentabilidade agrícola e ecológica.

Continue acompanhando nossas atualizações para ficar por dentro das descobertas recentes e saber mais sobre as iniciativas que buscam reduzir as consequências do aquecimento global.

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