Como são formados os furacões?

Os furacões, fenômenos naturais poderosos e destrutivos, se formam principalmente nas zonas tropicais dos oceanos, onde a água atinge temperaturas superiores a 26°C. Essa condição faz com que a água do mar evapore, iniciando um ciclo de movimentação de ar que resulta na formação e no fortalecimento da tempestade.

As condições ideais para o surgimento de furacões incluem evaporação intensa, baixa pressão atmosférica, o efeito Coriolis — causado pela rotação da Terra — e interações entre massas de ar quente e frio. O resultado é um sistema de ventos que se desloca em movimento circular, criando o “olho do furacão”, uma área de calmaria rodeada por intensas tempestades.

Os furacões nascem em ambientes com alta umidade e temperatura, onde a evaporação da água do mar é intensa. A água evaporada sobe e condensa na alta atmosfera, formando grandes nuvens. Ao mesmo tempo, o ar quente e úmido que sobe cria uma área de baixa pressão na superfície do oceano.

Esse processo é acelerado pelo efeito Coriolis, que faz com que o sistema de nuvens comece a girar rapidamente. Com o calor do oceano alimentando o sistema, os ventos aumentam de intensidade, formando uma corrente de ar que se move em espiral.

No centro do furacão, conhecido como o “olho”, há uma área de baixa pressão atmosférica, onde o clima é surpreendentemente calmo. Isso ocorre porque o ar com pressão mais alta ao redor do furacão tende a subir e descer por essa “coluna”. No entanto, quando o furacão atinge terras firmes ou águas mais frias, ele começa a perder sua fonte de energia e, eventualmente, se desfaz.

Existem furacões no Brasil?

Embora o Brasil tenha um histórico raro de furacões, não está totalmente isento desse tipo de evento climático. O único furacão registrado no país foi o Furacão Catarina, que atingiu a região sul em março de 2004.

A raridade dos furacões no Brasil se deve às condições climáticas do Atlântico Sul, que geralmente não apresenta temperaturas superiores a 26°C, necessárias para a formação de furacões. Além disso, o cisalhamento do vento, que pode ajudar a intensificar tempestades, é incomum nas proximidades da Linha do Equador.

No entanto, o aquecimento global pode alterar esse cenário. As previsões para 2024 indicam a ocorrência de um evento de La Niña, que pode aumentar o risco de furacões mais intensos no Brasil, embora esse ainda seja um fenômeno raro no país.

Por que furacões têm nomes femininos?

A prática de dar nomes femininos a furacões remonta à Segunda Guerra Mundial, quando o exército norte-americano começou a batizar tempestades com nomes de mulheres, em homenagem às mães, esposas e namoradas dos soldados. Em 1953, essa prática foi formalizada, e apenas nomes femininos foram usados até 1970, quando nomes masculinos também foram introduzidos.

Atualmente, os nomes dos furacões são escolhidos por comitês ligados à Organização Mundial de Meteorologia (OMM), uma agência da ONU. Esses nomes são curtos e fáceis de pronunciar, organizados em listas alfabéticas que alternam entre nomes femininos e masculinos.

A utilização de nomes humanos para furacões visa evitar confusão e facilitar a memorização durante a emissão de alertas e comunicados à população.

Com as mudanças climáticas e a crescente necessidade de entender e se preparar para esses fenômenos, a compreensão sobre a formação e comportamento dos furacões se torna cada vez mais crucial.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.